Ordem do Dia 22/11/23

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Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia. 

Ao percorrermos as notícias dessa última terça-feira, vemos quase uma unanimidade: todos os analistas destacam o quanto Minas se apequenou. O quanto as Gerais estão politicamente fracas

O governador mineiro, após uma série de trapalhadas, e de mentiras administrativas e financeiras, decidiu reagir. Isso após perder, por completo, o protagonismo político no Estado, para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e para o presidente da Assembleia, Tadeuzinho.

Zema pegou o “trem” e foi para Brasília sem avisar, sem convite e sem agenda. Entrou num evento público no Planalto, que estava comemorando a igualdade racial, e pediu para falar com o presidente da República. Mesmo não tendo nada a ver com aquela solenidade.

Seria importante registrar que Zema não compareceu a quatro reuniões, para as quais fora convidado, objetivando tratar exatamente do assunto de interesse do Estado: sua enorme dívida frente à União.

“Ó eu aqui, sô”, disse Zema, dirigindo-se a Lula. Não foi recebido, embora Lula o tenha cumprimentado cordialmente e o encaminhado para um de seus ministros.

Lula mostrou possuir o que Zema não tem: educação e senso de oportunidade. De volta a Minas, nas redes sociais, Zema voltou a tripudiar sobre Lula, comemorando a vitória de Milei, como se fosse sua. Criticando a esquerda em geral – e Lula em especial. Não parece ser uma atitude inteligente.

Minas precisa do governo federal. E o atual governador só sabe insultar as pessoas que podem ajudar o Estado. Nem sequer atende aos convites que recebe.

Isso não se refere apenas a Lula. Mas a alguns de seus ministros e aos políticos, em geral. O governador barbariza o governo federal, as lideranças, os deputados mineiros e qualquer um que não concorde com ele.

Zema se considera superior a todos. E há quem acredite nisso. Ainda que os fatos, e os números, digam o contrário. Prova disso seria que Zema, na mesma postagem, disse que seu governo não aumentou um centavo da dívida pública de Minas, pagando juros. Mentira.

Em menos de cinco anos de administração Zema, a dívida aumentou mais de cinquenta e quatro bilhões de reais, até o mês passado. A uma razão próxima de 1 bilhão de reais/mês. Computando apenas a dívida com a União. Haveria outros credores.

Mais de um terço de toda a dívida mineira teria sido contraída durante a administração Zema. Recorde. Verdadeiro Pinocchio…

Ademais, Zema está sendo processado, no âmbito do STJ, por ter se associado às falas golpistas do 8 de janeiro. Conforme denúncia do Ministério Público. Uma lambança.

Um colunista do Tempo decidiu lembrar de Hélio Garcia, destacando problemas semelhantes que Minas enfrentou, quando da liquidação da MinasCaixa. Covardia. Comparar Garcia com Zema seria algo próximo de se comparar Churchill com Dilma.

O primeiro, venceu a Segunda Grande Guerra, entre outros feitos notáveis. Já Dilma tentou estocar vento, pedalando nas estradas fiscais…

Acabou por causar, ao seu “país das maravilhas”, a maior recessão de sua história. Zema é a Dilma das Gerais. Diz o ditado: cada um dá o que tem. Daí a pergunta: o que tem Zema para dar?