Chuva leva caos e destruição ao Centro
O que seria mais uma chuva de verão acabou se tornando um dos maiores temporais já vistos
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O que seria na noite de ontem, 19, mais uma chuva de verão típica em Poços de Caldas, acabou se tornando um dos maiores temporais já vistos em todos os tempos na cidade.
O cenário foi caótico: o temporal começou por volta das 20h e foi muito intensa durante pouco mais de uma hora. O resultado foram vários pontos da área central totalmente alagados, com pessoas e veículos ilhados em meio a uma enorme quantidade de água pluvial.
No Centro, a água tomou conta das ruas Assis Figueiredo, Prefeito Chagas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Barros Cobra, Junqueiras, Capitão Affonso Junqueira, Espírito Santo, Alagoas e avenidas João Pinheiro e Santo Antônio. Bueiros ficaram entupidos por conta do lixo que foi arrastado pela água.
A correnteza formada pela água da chuva arrastou veículos que foram abandonados pelos motoristas. Alguns motoristas tentaram passar em meio à água. Pessoas que ficaram ilhadas em casas e pontos de comércios foram retiradas por jipeiros.
Na Assis Figueiredo, Barros Cobra e Espírito Santo, vídeos compartilhados nas redes sociais mostram carros arrastados e empilhados. Na rua Capitão Affonso Junqueira, há relato de um deficiente físico ter ficado preso no carro e ter sido resgatado por pessoas que estavam nas proximidades.
Na mesma rua, a Oficina Hércules foi tomada pela água que passa pelo ribeirão embaixo do estabelecimento. A parede caiu e a água arrastou os carros. Para dar conta da vazão, a água estourou a porta de aço da oficina.
A água invadiu muitas lojas da área central, em especial, as localizadas no trecho da Assis Figueiredo entre as ruas Prefeito Chagas e Espírito Santo. Os prejuízos foram enormes: além de mercadorias, os danos foram estruturais. Vitrines, equipamentos e portas foram muito danificados. Comerciantes tiveram muito trabalho para limpar a lama.
Segundo a Polícia Militar, alguns estabelecimentos sofreram tentativas de saque, mas os suspeitos foram contidos pelos policiais.
Em algumas lojas, os produtos foram levados pela água e moradores levaram os objetos que ficaram no meio da rua. Muitos lojistas também pediram ajuda para remover parte dos produtos, antes que fossem atingidos pela água.
Parte do Centro também ficou sem energia elétrica. A DME Distribuição informou que a falta de energia atingiu os locais do chamado Centro Vivo, onde a rede de distribuição é subterrânea.
No Supermercado Bretas, que também fica em cima do ribeirão, a água provocou uma destruição impressionante, formando uma cascata na entrada do estabelecimento. Na loja, ainda haviam muitos clientes, que ficaram ilhados.
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Situação nos bairros
No bairro São José, um deslizamento atingiu o condomínio Morada das Flores, na Rua das Camélias. No mesmo bairro, carros teriam sido atingidos por deslizamentos.
Já no bairro Santa Augusta, dois carros foram soterrados após um deslizamento de terra, sem feridos. No Córrego D’Antas, a chuva também tomou conta da estrada e foi difícil para os moradores transitarem pelo local.
No Hospital Santa Lúcia, na avenida Edmundo Cardillo, uma das alas ficou alagada, mas nenhum paciente foi atingida.
No Jardim Kennedy, houve alagamentos em aproximadamente 40 imóveis, mas não há registros de desabrigados. A situação já está normalizada. Três famílias ficaram desalojadas, mas preferiram ir para casa de familiares.